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quarta-feira, 6 de maio de 2009

A FAVOR DO LETRAMENTO, SIM. Por Jocelmo Costa Aires


Parece que foi ontem a abertura do Pró-letramento 2008 em nosso município. A plenária estava lotada e o clima era de curiosidade e ansiedade. Os professores das séries iniciais vieram ávidos para descobrir o que era o programa e que diferença ele faria no seu trabalho. Nos burburinhos, questionavam o porquê do nome PRÓ-LETRAMENTO. Hoje, com o término dessa etapa do curso, entendemos o quanto é importante estar a favor do letramento. Não apenas do letramento para a alfabetização das crianças ou vice-versa, mas também do letramento profissional enquanto professor, do letramento que leva à consciência da importância de nossa tarefa e da responsabilidade que temos em cumpri-la. O PRÓ-LETRAMENTO trouxe mais que conhecimentos técnicos, possibilitou a oportunidade de “enxergar luzes”, de se ver educador, na forma mais transcendental. Vimos que é preciso inovar em muitos aspectos, saber receber novas informações, romper com repetições sem sucesso. Por outro lado, compreendemos que não se podem rasgar as cartilhas, nem tampouco discriminar formas de trabalho que há muito tem dado certo. Não há fórmulas mágicas para alfabetizar, ou entender o mundo dos números. Nossa lição maior, no PRÓ- LETRAMENTO perpassa por tudo isso e se apoia nas palavras da pedagoga argentina Ana Teberosky(2008), quando diz que “mais vale a formação do professor do que o método dormindo”. Não crêem em si mesmos. São desmotivados. Essa realidade só se transforma que ele segue” (grifo meu). Ao que parece, o segredo para o surgimento de um movimento reacionário para a melhoria da qualidade na educação de um país está na formação do professor, repito, no seu letramento profissional. Quanto mais bem qualificado se torna o professor, mais interesse ele terá pelo trabalho, maior compromisso será assumido. A experiência tem demonstrado que muitas mudanças na educação esbarram na falta de compreensão do professor em relação à sua tarefa. Muitos estão “cegos”, outros estãocom investimento forte na formação do professor e o PRÓ-LETRAMENTO se assegura como uma possibilidade de investimento muito importante para esse contexto. É preciso tornar o professor sensível às causas, propiciando-lhes, com as palavras da formadora Márcia Gondim, “competência técnica”. Vimos letramentos. Há letramento quando o MEC idealiza e promove o programa; há letramento quando o estado adere, quando o município adere; há letramento no interesse do professor em se inscrever; há letramento quando ele aplica o aprendizado em sala de aula; há letramento quando o aluno entende o que lhe é proposto. E, quando os resultados começarem a ser vistos, voltamos ao início dessa cadeia para mais letramentos. Em suma, o letramento (faço questão de repetir o termo) está subjacente à vontade de mudança, presente em muitos educadores. Aproveito para agradecer os emails das formadoras Márcia Gondim e Ana Dilma Almeida, exemplos singulares de gente que educa, e suas mensagens no msn, cujos conteúdos nos foram inegavelmente essenciais para o sucesso que tivemos. Às formadoras e aos colegas tutores o nosso Muito Obrigado pela atenção e carinho. Nos cursistas, fica a nossa esperança da realização de um trabalho novo e consciente, digno da valoração da somatória de tantos esforços e do merecimento de nossa ‘clientela’. Até o revezamento!

(FONTE: Revista PRÓ-LETRAMENTO 2008, pág. 13)

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