A DESPEDIDA DE UMA VOGAL

Olá, pessoal! Depois de assistir a esse vídeo, transcrevi-o e criamos uma atividade para o trabalho durante o estudo do fascículo 7. Eis a transcrição: "Oi, eu sou um i. Como i que sou, em nível de vogal que sempre serei, me sinto injustiçada e revoltada. Por que é que de todo alfabeto, só nós que temos que carregar essa bolinha ridícula? Não quero mais usar! É por isso que na próxima encadernação eu quero vir letra a. É por que o a pode usar todos os acentos que quiser. Vira para lá é crase, vira pra cá é acento agudo... Pega um resfriado põe um chapeuzinho... quer dá um lance põe um til fica toda tchããã. Agora então que ela virou símbolo mundial da Internet ta toda arroba, toda boba... letra metida... Muito difícil a convivência aqui nesse alfabeto. É por isso que estou de malas prontas para abandonar a língua portuguesa! Eu... tava pensando então de ir para os Estados Unidos, só que lá pra você tirar som de i só sendo Y! Eu também não tô a fim de me vender a esse ponto! Aí o o, que é “uó”, ele sugeriu que fosse para Alemanha, mas, gente, lá tem trema, já pensou se ao invés de uma eu tiver que carregar duas bolinhas! Então eu não sei, sabe... Porque se eu ficar aqui, qual vai ser meu futuro? Virar diminutivo da boca desses casaizinhos melosos: inini inini. Se pelo menos na hora da sacanagem eles me usassem. Mas não! Eles usam todas as vogais: aaaaa, oooooo, uuuuuu. Quando fala iiiiii, é porque o cara, ó.. Puxa, sabe, eu também não quero morar nessa siglas antipáticas tipo IPTU, ICMS e IR! Então... agora eu vou-me embora e vocês vão ver como é difícil ficar sem o i. Nunca mais vocês vão fazer xixi!! Só cocô! Também nunca mais vão poder se cumprimentar dizendo: oooii, como vai? Só vão poder se despedir, como estou fazendo agora, dizendo: até logo. bye-bye, tchau-tchau!"